Apenas 3% dos motoristas de transportadoras são mulheres

Apenas 3% das mulheres que trabalham no setor operacional em transportadoras atuam como motoristas.

Por Priscila Ferreira

- março 27, 2023

SETCESP

Apenas 3% das mulheres que trabalham no setor operacional em transportadoras atuam como motoristas. Contudo, 90% das empresas que responderam à pesquisa afirmam que as contratações são feitas sem que o gênero influencie na escolha.

De acordo com a Secretaria Nacional do Trânsito (SENATRAN), no Brasil, as mulheres representam 35,48% das CNHs válidas, de um total de 79,92 milhões, enquanto os homens somam 64,62%. Mesmo diante de uma grande diferença entre os gêneros, a categoria E, de veículos pesados (Carretas), vem aumentando a participação das mulheres. Em 2022, houve um crescimento de 9,01%, em comparação com o ano anterior.

Para Ana Jarrouge, presidente executiva do SETCESP e idealizadora do Movimento Vez & Voz, isso já é um avanço: “Certamente, ainda estamos longe do que seria o ideal para termos equidade no TRC, mas é um crescimento muito importante e que deve ser celebrado. Precisamos sempre comemorar as pequenas vitórias para que possamos caminhar com ainda mais força rumo ao nosso objetivo. Já é de muita felicidade ver esse aumento de 9% nas emissões das CNHs de carretas, isso mostra que as mulheres estão se qualificando para entrar no setor, que, inclusive, tem muitas oportunidades”.

Índice de Equidade no Transporte Rodoviário de Cargas

O Movimento Vez & Voz, uma iniciativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (SETCESP) para valorização e ampliação das mulheres no TRC, lançou, no último dia 22, a primeira edição do Índice de Equidade no Transporte Rodoviário de Cargas. O objetivo é medir anualmente a evolução da participação das mulheres na categoria e analisar as políticas das transportadoras na atração, retenção e valorização dessas profissionais.

Além do foco na área operacional, o índice também exibe questões como: políticas, benefícios e programas que contribuem para um ambiente de trabalho mais inclusivo, bem como o compromisso da empresa em atrair, reter e desenvolver a carreira de mulheres nos mais diversos níveis e setores. Ao final, é apresentada uma média geral para verificar se o TRC está apto em todos os pontos ou se ainda precisa rever alguns conceitos.

A metodologia e a coleta de dados do Índice de Equidade no TRC foram realizadas pelo Instituto Paulista de Transporte de Cargas (IPTC) e esta primeira edição representa 47.664 colaboradores que atuam nas empresas participantes. Acesse o estudo na íntegra.

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