A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) vai contra declarações recentes dos governadores dos Estados de São Paulo e Minas Gerais sobre a mobilidade elétrica. Segundo a associação, os chefes executivos expressaram hostilidade ao desenvolvimento do mercado de veículos elétricos no Brasil.
De acordo com a ABVE, os maiores investimentos anunciados nos últimos meses no setor automotivo brasileiro são de empresas de eletromobilidade, inclusive com a aquisição de plantas industriais desativadas. “Não faz sentido as autoridades dos principais Estados do país criarem insegurança a empresas que já se comprometeram a gerar empregos de qualidade e trazer inovação tecnológica à indústria brasileira”, comenta o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.
Bastos considera a atitude das autoridades um “sinal de desconfiança” à tendência que segue se mostrando cada vez mais relevante no mundo e espera que as posições sejam reconsideradas. “A eletromobilidade é um ecossistema completo. Inclui não só automóveis, mas a nova cadeia produtiva de ônibus elétricos, a vibrante indústria de infraestrutura de recarga elétrica e um promissor setor de mineração”.
As declarações
A ABVE entende que as afirmações do governador de Minas Gerais “é uma ameaça” aos empregos, estão em descompasso com a realidade internacional e o desenvolvimento do próprio mercado brasileiro.
Já a decisão do governador de São Paulo de vetar um projeto de lei da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que propunha incentivos à eletromobilidade no estado, substituindo-o por uma proposta que esquece os veículos elétricos, vai na contramão da via tecnológica que se mostra promissora no combate às mudanças climáticas.
A associação lembra que existe um número crescente no número de emplacamentos de veículos leves elétricos e híbridos. Para eles, isso é prova da aposta do consumidor brasileiro nas novas formas de mobilidade.