Velocidade cresce em vias rápidas, diz CET

Relatório aponta melhora na fluidez de trechos como as marginais Tietê e Pinheiros nos horários de pico de 2011

Relatório aponta melhora na fluidez de trechos como as marginais Tietê e Pinheiros nos horários de pico de 2011

Aumento, porém, não se reflete nas demais ruas e avenidas; especialistas criticam forma de medição

A velocidade média dos veículos em São Paulo melhorou em 2011 nas vias de trânsito rápido, como as marginais, nos horários de pico, mas não houve melhora nas demais ruas e avenidas.

Os dados constam de um relatório divulgado ontem pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e são contestados por especialistas consultados pela Folha.

“Talvez seja uma questão de fé: acredita quem quiser”, disse Jaime Waisman, professor da USP e especialista em planejamento de transportes.

De acordo com o relatório, nas vias de trânsito rápido a velocidade média no horário de pico da manhã (7h às 10h) durante o ano foi de 48 km/h.

É a maior velocidade medida pela CET desde 1999.

No horário de pico da tarde (17h às 20h), o aumento foi de 20 km/h em 2010 para 26 km/h em 2011, maior velocidade média desde 2007.

A CET atribui a evolução às restrições a caminhões e ônibus fretados implantadas nos últimos anos, à ampliação da marginal Tietê e à conclusão do trecho sul do Rodoanel.

Sergio Ejzenberg, mestre em transportes pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, diz que essas medidas realmente podem ter aumentado a velocidade média nas marginais, mas que isso não melhorou o trânsito como um todo.

“Quando restringe os caminhões, os carros chegam mais rápido e vão entupir os outros corredores”, afirmou.

Waisman e Ejzenberg criticaram a metodologia da CET -agentes ficam em cima de prédios medindo quanto tempo os carros levam para trafegar por aquele trecho.

“Não é uma forma científica e exata de calcular”, afirmou Waisman. Ejzemberg propõe o uso de GPS instalados nos carros.

Rebouças – No corredor das avenidas Eusébio Matoso, Rebouças e Consolação os carros andaram à menor velocidade média da história durante o ano passado: 7,6 km/h no horário de pico da tarde.

A CET atribui o fenômeno às obras do corredor de ônibus, realizadas de maio de 2011 a maio deste ano.

Em 2010, no entanto, antes das obras, a velocidade no corredor foi de 11,7 km/h. A velocidade máxima permitida é de 60 km/h.

A CET não se manifestou ontem sobre o assunto.

Folha de S.Paulo

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