Veículos caminham para a ‘hibridização’ no Brasil

Diesel ainda será um dos principais combustíveis para os caminhões, diz Weiberg, vice-presidente mundial da Mercedes

Diesel ainda será um dos principais combustíveis para os caminhões, diz Weiberg, vice-presidente mundial da Mercedes

O Brasil e outros países caminham para a “hibridização” dos caminhões, com uma mistura de combustíveis de acordo com a necessidade e disponibilidade em cada região, avalia o alemão Georg Weiberg, vice-presidente mundial de Engenharia de Produtos da Mercedes-Benz.

Na opinião dele, o diesel ainda será um dos principais combustíveis usados nos veículos pesados, mas ele aposta na diversidade de tecnologias mais limpas a serem aplicadas principalmente em nichos do mercado.

A exceção, diz o executivo, é a eletricidade, que está sendo adotada nos automóveis na Europa e nos Estados Unidos. Para ele, essa tecnologia somente é viável em caminhões pequenos que transportam mercadorias dentro das cidades.

Comparação. “Um caminhão de grande porte que percorre longa distância com um tanque de mil litros de combustível pode rodar em média 3 mil quilômetros. Para percorrer a mesma distância, seria necessária uma bateria elétrica com 52 toneladas, o que tornaria inviável o transporte”, compara Weiberg. Ele esteve na Fenatran, feira internacional do transporte realizada recentemente em São Paulo.

O executivo acredita que, em poucos anos, os caminhões vão atingir um nível de emissões de poluentes muito baixo.

Para ele, a próxima etapa da norma Euro, a VI – que na Europa será obrigatória a partir de 2014 – atingirá o limite de redução de poluentes.

“O Euro VII (se for mantida essa nomenclatura) terá de avançar para as questões de segurança e de eficiência de consumo, com alterações, por exemplo, na aerodinâmica dos veículos”, diz Weiberg.

Segundo o dirigente, a Mercedes-Benz gasta anualmente 400 milhões na área de emissões, o equivalente a 40% de todo o orçamento destinado ao desenvolvimento de produtos da marca. / C.S.

O Estado de S.Paulo

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