Três das 20 melhores rodovias do Brasil passam pelo território de Sorocaba e região, conforme o ranking da 18ª edição da Pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT) Rodovias 2014. A melhor colocada é a rodovia Castelo Branco (SP-280), que ficou em 4º lugar. O trecho da rodovia José Ermírio de Moraes (SP-75), que liga Sorocaba a Campinas, ocupa a 14ª posição. Já a rodovia Raposo Tavares (SP-270), que também passa por cidades da região, é a 19ª colocada no levantamento. O resultado é positivo para as cidades abrangidas por estas estradas, uma vez que incentiva a atração de investimentos e diminui os custos com transporte.
O levantamento da CNT analisa a qualidade das rodovias em todo o país, conforme geografia da pista, condições do asfalto e sinalização. No conjunto destes fatores, duas rodovias foram consideradas ótimas e uma boa. A melhor dentre elas é a Castelo Branco, que garantiu o 4º lugar no Brasil. Em seguida, aparece a rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP-75), a Castelinho, que liga Sorocaba a Campinas, com o 14º lugar. Classificada como boa, mas a 19ª no País, está a rodovia Raposo Tavares.
Melhores condições das rodovias, que propiciam maior fluidez e segurança no transporte, além da rápida ligação com os grandes centros, são essenciais para a atração de investimentos. Essa é a análise do economista Flaviano Agostinho de Lima, que foi responsável pelos estudos para a implantação da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), quando era presidente do Núcleo de Planejamento Regional (Nuplan).
Segundo ele, a qualidade logística é estratégica para as empresas e determina o lugar onde elas vão investir. Neste sentido, a região de Sorocaba é privilegiada, ele acredita. A rápida ligação com a Região Metropolitana de São Paulo, por meio da Castelo Branco, que ainda leva ao Porto de Santos, por meio do Rodoanel; e a ligação de Sorocaba até o aeroporto de Viracopos e Campinas são citados pelo economista como fatores importantes para escoar a produção industrial e agrícola de maneira rápida e segura.
A duplicação da rodovia Raposo Tavares, que liga Cotia a Itararé, é apontada como o fator mais importante para a atração de novas indústrias para Itapetininga nos últimos tempos, afirma Hélio Simões, secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho da cidade. Segundo ele, quando uma empresa entra em conversação com a Prefeitura parase instalar na cidade, a rodovia duplicada é uma das vantagens. “A Raposo duplicada responde por 60% do critério de instalação”, calcula.
Pedágio
Rodovias ruins geram custos maiores para as empresas, o que inviabiliza a instalação delas em determinadas localidades, diz Flaviano Agostinho de Lima. Na avaliação do economista, pistas bem estruturadas e sinalizadas compensam o custo com pedágio.
Apesar de não discordar de que boas estradas representam custos menores com transporte, Rivail Brenga, diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Sorocaba e Região (Setcarso), aponta que os pedágios se tornaram caros demais nos últimos tempos. “Anos atrás, a gente tinha estradas ruins e cinco pedágios em todo o Estado de São Paulo. Hoje, temos 200 pedágios com custos altíssimos”, lamenta.
Mais rodovias
Outras rodovias que cruzam Sorocaba e região ainda aparecem na pesquisa da CNT, mas não no ranking, como a SP-79. A rodovia recebe a denominação Waldomiro Correa de Camargo no trecho de Itu a Sorocaba, mudando esse nome até o seutérmino, em Juquiá. Segundo a pesquisa, os 14 primeiros quilômetros da via – Itu a Sorocaba – são classificados como ótimo no geral. Porém, nos outros 122 km – Sorocaba a Juquiá -, a classificação cai para regular.
Segundo Lima, essa rodovia deve receber atenção por parte do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), que está elaborando um projeto de melhoria. “Piedade (por onde passa a rodovia) é forte na produção de alimentos e precisa escoar essa produção para a Região Metropolitana de São Paulo”, explica o economista.
Além desta rodovia, outras na região de Sorocaba também estão em expansão. “Tem ainda a duplicação da rodovia que liga Porto Feliz até Tatuí e isso facilita a integração dessas cidades com Campinas e o aeroporto de Viracopos”, comenta. Outro projeto é o que prevê a navegabilidade pelo rio Tietê, que partiria de Salto até o rio Paraná. “Essa parte logística é importante para nós”, ressalta Lima.