Produtividade de autopeças no Brasil avança apenas 3% ao ano

Nos EUA e Alemanha velocidade é três vezes maior

Nos EUA e Alemanha velocidade é três vezes maior

Jürgen Lochner, diretor geral da Porsche Consulting, alerta que o avanço médio da produtividade da cadeia de suprimentos da indústria automobilística é de apenas 3% ao ano no Brasil, enquanto chega ao patamar de 8% a 10% na Alemanha e nos Estados Unidos. “A diferença é muito grande e estou certo de que podemos contribuir bastante para que as empresas da cadeia de produção alavanquem sua eficiência, espelhando-se em experiências internacionais”, enfatiza o consultor.

Ele assegura que não é necessário recorrer a técnicas complexas, comprar softwares sofisticados ou fazer grandes investimentos para elevar o desempenho dos players que abastecem as montadoras com peças e sistemas. Para ele, o mais importante é aprender a pensar em soluções simples e práticas que levem a formas altamente eficientes e enxutas de logística, manufatura e distribuição. A ideia vale tanto para um chefe de cozinha como Wataru Tanabe, da Sky Chefs, que abastece a Lufthansa, como para uma linha de autopeças. “Velocidade, produtividade e estoque baixo são requisitos igualmente importantes nos dois casos”, explica o executivo alemão.

Oitenta por cento do faturamento global da Porsche Consulting, estruturada em 1994, aproveitando os conhecimentos adquiridos na reestruturação da Porsche, vêm de atividades relacionadas à consultoria. Os outros 20% resultam detreinamento, oferecido tanto ao top management quanto a profissionais de médio escalão nos segmentos de manufatura e serviços. A filial brasileira, com sede em São Paulo, abriu as portas depois de iniciar a prestação de serviços para a Volkswagen e descobrir um grande potencial local na consultoria de gestão para melhoria de performance operacional de processos, produtos e organizações como um todo.

Para ensinar a pensar e moldar profissionais que atuem como agentes de mudança, a Porsche Consulting utiliza a Akademie, unidade de negócios que tem o propósito de levar os participantes, por meio de treinamento, a simular processos e trabalhar em aplicações práticas. Os cursos são promovidos em hotéis ou nas próprias empresas.

O diretor da Porsche Consulting observa que o crescimento do mercado brasileiro trará desafios crescentes para os fornecedores, já que o consumidor tornou-se mais exigente com o acesso a carros de alta qualidade e conteúdo. Ele define como fornecedor 2.0 aquele capaz de demonstrar máximo rendimento e excelência empresarial em inovação, qualidade, logística e produtividade.

“Podemos auxiliar as empresas a reduzir custos, por meio da redução de desperdício e treinamento, enquanto se busca a qualidade total e eliminação de falhas na produção”, avalia, enfatizando que elevar a velocidade de processos e eliminar estoques são vitais na hora de contabilizar resultados. “De nada adianta investir em novas tecnologias tendo armazenados produtos para vinte dias”, completa.

Um de seus alvos principais no Brasil são as empresas de autopeças. “Na Alemanha, elas representam a espinha dorsal da indústria automotiva e agregam 75% do valor incorporado aos veículos. No Brasil também vão desempenhar um papel crescente”, enfatiza.

A Porsche Consulting atende também o setor aeronáutica, engenharia de máquinas e sistemas, bens de consumo, incluindo linha branca e móveis.

Automotive Business

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