O programa brasileiro de concessões no setor de transporte é seguro e garante condições vantajosas para que os investimentos aconteçam. O governo também está aberto ao diálogo para melhorar e aperfeiçoar o processo. A garantia é dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que concederam entrevistas para tratar sobre o tema.
Em relação à falta de interesse no leilão da BR-262, por exemplo, o senador Clésio Andrade, afirma que o problema está no modelo de negócios adotado pelo governo.
“Um dos problemas é que os empresários não acreditam que o governo fará a parte dele. No momento em que ele [o investidor] vai depender do pedágio para poder pagar seus financiamentos e investimentos, e não acredita que o governo fará a parte dele, automaticamente o processo se torna inviável”, disse o parlamentar.
Em Nova Iorque, Mantega ressaltou, durante apresentação em um seminário sobre infraestrutura, que as regras do modelo brasileiro são bem claras e definidas. “Nossa tradição é de cumprir todos os contratos desde que estamos no governo, há dez anos. Estamos falando de concessões que vão de 30 a 35 anos. Nossa tradição é de cumprir os contratos à risca”, disse.
O ministro comentou que os investimentos em infraestrutura existentes no Brasil atendem a uma demanda já existente, resultado do crescimento da economia e do aumento do poder aquisito da população. Segundo Mantega, o governo está aumentando os investimentos em infraestrurura, que devem chegar, nos próximos anos a um patamar de até 24% do Produto Interno Bruto (PIB).
Mantega falou sobre o Programa de Investimentos em Logística (PIL), que prevê recursos de mais de US$ 200 bilhões em diferentes modais de transporte, para impulsionar o desenvolvimento do país. “Esse tipo de investimento tem efeito multiplicador, são aqueles que causam um crescimento maior da economia e são um poderoso antídoto para momentos de crise econômica”, afirmou.
FONTE: CNT