Volkswagen do Brasil apresenta pior desempenho do grupo no mundo

    A maior montadora da Alemanha sofre cada vez mais com a recessão no Brasil. Balanço da Volkswagen mostra que a filial brasileira vendeu 37,6% menos veículos no primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2015. Foi o pior desempenho de todo o grupo.

    Com isso, o Brasil perde relevância para a empresa. No início da década, o País era o terceiro maior mercado da montadora e agora ocupa a sétima posição, podendo cair para a oitava em breve.

    Dos pátios da Volkswagen do Brasil saíram 63.703 veículos nos três primeiros meses de 2016. No ano passado, foram entregues 102 mil veículos no primeiro trimestre. O número de vendas de 2016 é 62% menor que o registrado em igual período de 2011. Os dados revelam que a Volkswagen hoje vende praticamente um terço do que vendia há apenas cinco anos, quando a empresa comemorava o boom das vendas.

    Em cinco anos, o Brasil foi ultrapassado por Reino Unido, Estados Unidos, França e Espanha no ranking das subsidiárias do grupo alemão que mais vendem veículos. E a atual posição está ameaçada, já que a Volkswagen Itália cresce quase 20% ao ano e vendeu apenas 313 carros a menos que o Brasil no trimestre.

    A direção da Volkswagen na Alemanha explicou que a fragilidade da economia e as incertezas políticas estão por trás da recessão e da queda das vendas no Brasil. Para piorar, o juro alto restringe o crédito e reduz ainda mais a demanda por veículos. Assim, o mercado do Brasil retrocedeu uma década, para o patamar de 2006, diz a montadora.

    “Houve deterioração adicional do quadro econômico e político no Brasil. Além disso, o aumento do juro tornou ainda mais difícil o mercado de crédito”, explicou o chefe de vendas do grupo Volkswagen, Fred Kappler, ao ressaltar que o País puxou para baixo os números de toda a América do Sul.

    No relatório de vendas enviado aos acionistas, a montadora classifica a recessão brasileira como “profunda”.

    No resultado global, a Volkswagen obteve lucro líquido de € 2,31 bilhões (US$ 2,57 bilhões) no primeiro trimestre deste ano, queda de 20% em relação ao mesmo período do ano passado (€ 2,89 bilhões).

    Fonte: O Estado de S. Paulo

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