União Europeia e Brasil debatem projetos de transporte multimodal

    As ações implementadas pela União Europeia para ampliar a integração dos sistemas de transporte entre os países, com foco na multimodalidade, podem contribuir para o desenvolvimento de iniciativas em território brasileiro. Esse é um dos temas que integram o projeto Diálogos Setoriais EU-Brasil, em desenvolvimento desde 2008 para facilitar intercâmbios em áreas de interesse mútuo. Experiências europeias foram apresentadas durante o Seminário Transporte Multimodal, realizado nesta quarta-feira, 15, na sede da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), em Brasília.

    Para o ministro conselheiro da União Europeia no Brasil, Augusto Albuquerque, um dos desafios que o Brasil deve enfrentar é a integração das normas regulatórias de todos os modais. Segundo ele, a experiência europeia pode ajudar o país na elaboração de estratégias para estabelecer um sistema de transportes mais eficiente e com menos impactos ambientais. Ele destaca, ainda, que a crise econômica é um cenário de oportunidade: “na Europa, a crise levou ao desafio de fazer mais e melhor com menos recursos. Saímos da crise reforçados. A estrutura que o Brasil tem em transporte também permite isso”.

    Rede Transeuropeia de Transportes

    Referência nessa área é a Rede Transeuropeia de Transportes, a TEN-T, uma política em elaboração desde a década de 1990 para integrar os sistemas de transporte dos estados-membros do bloco. As principais orientações para o desenvolvimento dessa rede foram definidas em 2008, e uma nova política regulatória para o transporte multimodalfoi estabelecida em 2013. A estimativa é que os projetos prioritários que integram a TEN-T demandem cerca de € 500 bilhões até 2030.

    Na avaliação do especialista em transporte multimodal e logística, Harrie de Leijer, o modelo adotado pela União Europeia pode orientar uma política para integração multimodal no Brasil. Segundo ele, o país deve selecionar seus principais corredores, criar um modelo de governança e mecanismos de financiamento, além de promover o envolvimento de todos os atores interessados no desenvolvimento das infraestruturas.

    Fonte: Agência CNT de Notícias

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