Setcemg recomenda cautela com novo limite de crédito PSI para caminhões

    Em reunião realizada na semana passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve em R$ 402 bilhões o limite de contratações de empréstimos pelas empresas dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por meio do PSI, o governo concede crédito com juros baixos, subsidiados pelo Tesouro Nacional, em linhas de crédito voltadas para o investimento. Apesar do limite global não ter sido alterado, houve mudança dos recursos liberados para algumas linhas de crédito, informou o Ministério da Fazenda.

    No caso da linha de crédito para aquisição de ônibus e caminhões, o programa terá disponível mais R$ 3 bilhões. Com isso, o crédito do PSI para caminhões e ônibus tem novo limite de R$ 122,6 bilhões.

    Para Ulisses Martins, diretor do Setcemg, essa notícia é vista com cautela já que o setor em Minas Gerais vive um momento de “desinvestimento”. “Todo estímulo à economia é bem vindo, uma vez que mantém empregos, mantém investimento em outros setores e pode aumentar o volume de carga transportada. Mas é preciso ter atenção aos juros”, alerta.

    Ulisses reforça o posicionamento do presidente da Fetcemg, Vander Costa, que em entrevista ao jornal Diário do Comércio na semana passada destacou que muitas transportadoras estão com dificuldades em pagar o financiamento de veículos adquiridos há um ou dois anos.

    “Temos conhecimento de muitos transportadores que estão inadimplentes porque compraram caminhões em 2011 e 2012 aproveitando o crédito, e que, com a queda da economia, estão com problemas para arcar com os investimentos. O cenário que vemos é que muitos estão vendendo a frota antiga para pagar a nova”, comentou.

    Segundo dados regionalizados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entre janeiro e outubro foram vendidas 16.901 unidades do segmento de veículos pesados, contra 18.357 unidades nos primeiros dez meses de 2013. Isto representa queda de 7,93% no período. Nos primeiros dez meses de 2014 os emplacamentos no Estado atingiram 469.038 unidades, contra 499.031 veículos em igual intervalo de 2013.

    Em outubro, as vendas desse segmento somaram 1.578 unidades em Minas Gerais. Em relação ao mesmo intervalo do exercício passado baixa de 19,33%.

     

     

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