Roubos de cargas nas rodovias federais de SP sobem quase 20%

    De janeiro a novembro desse ano, o número de roubos de cargas nas rodovias federais que cortam o estado de São Paulo subiu quase 20%. Os dados obtidos pela GloboNews revelam que muitas quadrilhas são ligadas ao crime organizado.

    Além dos prejuízos com relação às cargas que são levadas e aos caminhões, existe o impacto emocional nos motoristas, que são agredidos e mantidos reféns durante as ações. Segundo a Política Rodoviária Federal, as ocorrências já somam 423, só até novembro.

    A Fernão Dias é a estrada com a maior alta. Em 2015, foram 45 assaltos. E neste ano, até novembro, já são 144. A Dutra também está entre as rodovias com aumento nos roubos. A capital paulista e a região metropolitana de São Paulo concentram a maioria dos assaltos. A Regis Bittencourt, importante ligação de São Paulo com o sul do país, teve queda no mesmo período. Alimentos, eletrônicos, combustíveis, tecidos e remédios são os mais visados pelas quadrilhas especializadas. Os motivos são o alto valor no mercado negro e a facilidade de distribuição.

    “Muitas vezes, criminosos são do Norte do país, que se juntam com criminosos do Sul e que acabam vindo para região Sudeste para praticar este roubo. Acaba dificultando um pouco o trabalho da polícia essa junção deles no momento da prática do crime”, explica Cesar Saad, delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

    Para tentar reduzir os ataques, a Polícia Rodoviária Federal e o Deic intensificaram o monitoramento nas estradas. “Só o trabalho ostensivo que a gente realiza não é suficiente. É preciso que se atue na investigação da estrutura das quadrilhas, atuando com inteligência, em conjunto com a Polícia Rodoviária, para que se consiga desbaratar essas quadrilhas através de investigação”, disse Ricardo de Paula, inspetor da PRF.

    O combate ao crime fica ainda mais difícil, quando há funcionários das transportadoras envolvidos com as quadrilhas. “Pode-se dizer que metade destes roubos acaba tendo a participação de alguém que tenha acesso ou ao tipo de mercadoria, ou ao horário que esse caminhão iria fazer o transporte da carga, o que acaba facilitando para os criminosos e dificultando para a polícia”, acrescenta Saad.

    Fonte: GloboNews

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