Roubo de carga em 2017 no Rio alcança volume recorde de ocorrências

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou hoje um levantamento de ocorrências de roubos de carga no Brasil.

Estado supera a marca de 10 mil delitos registrados, alta de 7,3% em relação ao ano anterior

O roubo de carga no Rio de Janeiro alcançou o volume recorde de ocorrências em 2017, ao totalizar 10.599 casos registrados, ante 9.874 do ano anterior, evidenciando uma evolução de 7,3%. Com isso, a média diária saltou de 27 para 29 ocorrências, segundo informações do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado divulgadas ontem (18/jan).

O maior número de delitos aconteceu na capital, onde foram registradas 5.371 ocorrências; seguido da Baixada Fluminense, com 3.167 casos; Niterói e São Gonçalo, 1.586, e o interior do Estado com 475 registros.

Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública tentou minimizar o fato, citando a criação do Grupo Integrado de Enfrentamento ao Roubo de Cargas, que conta com a participação das forças de segurança do Estado e da União. A iniciativa, segundo o orgão, vêm contribuindo desde setembro último para a redução dessa modalidade criminosa.

“No mês de dezembro de 2017, houve uma redução de 13,2% no roubo de cargas no estado do Rio em comparação ao mesmo mês de 2016. É o quarto mês consecutivo que o indicador ficou abaixo do registrado em setembro, outubro, novembro e dezembro de 2016”, diz o comunicado.

Porém, na avaliação do diretor de Segurança do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, a situação continua caótica, embora exista uma expectativa de redução dos índices, por parte do setor que representa. “A boa notícia é que o número de roubos está estabilizando”, afirmou o diretor.

Além dos prejuízos financeiros e materiais, o alto número de ocorrências também produz impactos na cobertura de seguros. “Trinta por cento das empresas já não têm seguro [para a carga] no Rio de Janeiro. Tanto por causa do seguro estar muito caro em função dos roubos ou porque a própria seguradora não quer mais renovar a apólice para quem transporta no estado do Rio”, completa Venâncio Moura.

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