O Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST) está completando 30 anos de atividades neste ano. Durante o período, por meio de ações educativas, o projeto contribuiu com avanços em legislações e normatizações para segurança no trânsito, como a obrigatoriedade do para-choque traseiro para caminhões, o atual Código de Trânsito Brasileiro e a adoção do uso do cinto de segurança.
O Engenheiro Mecânico, José Ricardo Lenzi Mariolani, desenvolveu o programa em 1996 com o auxílio de professores e colegas de classe quando ainda era graduando da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e destaca a iniciativa. “O Programa Volvo de Segurança no Trânsito, por meio do Prêmio Volvo, foi importante para que a nossa ideia deixasse de ser um projeto acadêmico para se tornar uma defesa real dos ocupantes de automóveis”.
A norma proposta, porém, só foi aprovada e colocada em vigor pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), anos depois, a partir da conquista do Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito, por Ricardo Mariolani e equipe, em 2002.
O projeto ajudou a conscientizar motoristas de sobre a importância de adotar o cinto de segurança. Lançado pela Volvo na Suécia em 1959, o primeiro país a adotar o dispositivo como item obrigatório foi o Reino Unido, em 1966. No Brasil, o cinto se tornou obrigatório com a adoção do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em 1997.
O atual Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que entrou em vigor em 1998, foi uma das conquistas para a sociedade brasileira nos últimos anos. Durante o processo de elaboração do CTB, coube ao PVST o papel de incentivar o debate para uma legislação mais rigorosa, que contribuísse efetivamente com a redução dos acidentes, muitos deles provocados pelo sentimento de impunidade dos infratores.