Petrobras não prevê reajuste de combustíveis após lucro de R$ 370 milhões

    A Petrobras não tem previsão de fazer um reajuste de preços dos combustíveis, no momento. Mas, o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, declarou na última quinta-feira, 11, que a companhia tem mantido a prática de avaliar a garantia de que pratica preços competitivos, de participação no mercado e, na medida em que for necessário mexer nos valores, a decisão será tomada.

    “Por enquanto, o cenário não está muito claro. Tem uma volatilidade muito grande de preço”, disse Celestino alertando que a empresa tomará a decisão no momento mais apropriado.

    O diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Ivan Monteiro explicou que o lucro líquido de R$ 370 milhões, registrado pela companhia no segundo trimestre de 2016, ficou abaixo das expectativas de mercado porque as previsões não levaram em conta o impairment (ajuste de desvalorização de ativos) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o provisionamento para o Programa de Demissão Voluntária (PDV) e a devolução de campos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

    O número é positivo em relação aos três primeiros meses de 2016, quando a estatal registrou prejuízo de R$ 1,2 bilhão. “Esses três fatos mais do que justificam a diferença em relação à média apontada pelos analistas”, explicou o diretor da Petrobras. A companhia permanece na busca de parceiros para os projetos Comperj e, segundo Celestino, até o momento, a Petrobras gastou no empreendimento cerca de US$ 13,5 bilhões.

    Venda de ativos

    O balanço do segundo trimestre não registrou a venda da subsidiária da Argentina, incluída no programa de desinvestimentos da empresa. Monteiro afirmou que isso ocorreu porque o valor foi recebido posteriormente ao fechamento. A venda da subsidiária do Chile também não foi incluída, porque o caixa da operação ainda não foi recebido. No caso da Argentina, este processo levou de quatro a cinco meses.

    Conforme o diretor, o ativo mais caro vendido pela Petrobras, até agora, foi um campo no Peru, em 2014, na faixa de US$ 3 bilhões. Monteiro destacou que está mantida a meta do programa de desinvestimentos para o biênio 2015/2016, em US$ 15,1bilhões. “Estamos perseguindo esta meta com bastante tenacidade”, disse.

    Fonte: Agência Brasil

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