Motoristas de van escolar protestam contra mudança no pagamento em SP

    Os motoristas de vans do Transporte Escolar Gratuito (TEG) paulistano fazem nesta terça-feira, 5, uma paralisação contra mudanças no modelo de pagamento e credenciamento, proposto pela Prefeitura no programa “Vai e Volta“, que transporta crianças com mobilidade reduzida.

    Desde o início do ano letivo, o novo contrato – que remunera por criança transportada e não mais por valor fixo – é alvo de críticas. Cerca de 75 mil alunos utilizam o serviço no município.

    Desde as 6h da manhã, os manifestantes se reúnem em diversos pontos da capital. Segundo Jorge Salgado, um dos motoristas que aderiu à paralisação, os motoristas desde o início do ano estão acumulando prejuízos com a nova forma de pagamento da Prefeitura, são pagos R$ 155,19 por assento ocupado e R$ 775,95 para crianças que usam cadeiras de roda.

    Segundo Salgado, a maioria dos carros que prestam o serviço não são utilizados em sua máxima capacidade e, por isso, não conseguem arcar com as despesas de manutenção do veículo, combustível e o pagamento de um monitor para cuidar das crianças durante o transporte. “Nosso custo independe do número de crianças que levamos, ele éfixo. Por isso, o pagamento deveria ser fixo, como sempre foi”, disse.

    Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que o programa está em fase de transição do modelo de contratação emergencial, que vigorou por 10 anos, para um modelo de credenciamento, que vai permitir a contratação por 12 meses, prorrogável por mais 4 anos. “As novas regras trazem respaldo jurídico aos condutores – que antes trabalhavam por meio de contratos emergenciais -, têm aprovação do Tribunal de Contas do Município e dialoga com o desejo da atual administração da Cidade de São Paulo por prestar serviços públicos com mais e melhor qualidade”, diz a nota.

    A Prefeitura disse que mantém diálogo com a categoria e informou que em maio, data-base dos motoristas, eles terão os valores do serviço reajustado com base na inflação. Os valores pagos por criança transportada, segundo a Prefeitura, foram definidos com base em uma pesquisa de mercado.

    Fonte: O Estado de S. Paulo e Folha Vitoria

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