Montadoras paralisam 50% das linhas de produção

    Pelas previsões, será o quarto anoseguido de queda nas vendas, e o uso da capacidade deve ficar abaixo de 50%. A estimativa de baixa produção para a indústria automotiva é inferior, inclusive, àquela ocorrida entre 1998 e 1999 com a desvalorização do real devido a choques externos. Nem na época a indústria operou em nível tão baixo como agora.

    O recuo no setor automotivo repercutiu em outros ramos, que estão usando até 60% de capacidade, como máquinas e equipamentos (58%), metalurgia (60%), produtos de metal (54%) e outros equipamentos de transporte (59%), de acordo com levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Juntamente com o setor automotivo, eles representam um quarto da indústria brasileira.

    “São setores diretamente relacionados à indústria automotiva que lideram a queda, associada à crise do investimento. Esses setores estão muito ociosos porque o resto da indústria não está investindo”, aponta Rafael Cagnin, economista do Iedi.

    O presidente da Anfavea, Luiz Moan, afirma que o setor está dimensionado para produzir entre 4,8 milhões e 5 milhões de unidades ao ano, mas atualmente produz 2,5 milhões de veículos. Em condições normais, o uso alcança perto de 70% da capacidade. Moan diz que a paralisação das linhas de produção também está acontecendo com os fornecedores de autopeças que dimensionam a produção à demanda do parque automotivo.

    Fonte: O Globo

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