Fim do e-Sedex pode encarecer em 30% os fretes no e-commerce, afirmam especialistas

    Na última semana, os Correios anunciaram o fim do e-Sedex, modalidade de entrega voltada para empresas de e-commerce, como uma alternativa de melhorar a situação financeira da instituição. Com isso, especialistas apontam uma tendência de encarecimento nos fretes de lojas online, principalmente em negócios pequenos e médios que não possuem contrato com transportadoras por conta do baixo volume de vendas.
     
    O presidente da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm), Maurício Salvador, explica que é praticamente impossível que a diferença no custo não seja repassada ao consumidor final. 
     
    “O término do e-Sedex é uma notícia muito ruim, pois ocasionará no aumento de preços imediato no frete e da redução de qualidade do serviço. Segundo nossas estimativas, o montante do frete representa em média 12% do total a ser pago por um produto adquirido via web. Quanto menor é a loja virtual, maior a cifra da entrega, pois os pequenos empreendedores não possuem volume para negociar com as transportadoras”, explica.
     
    Já para o diretor-geral da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb, Willians Marques, o esperado é que o frete fique até 30% maior. “A modalidade de e-commerce dos Correios sempre foi de grande valia para os pequenos comércios eletrônicos, que devido ao baixo volume de pedidos não conseguem negociar contratos vantajosos com as transportadoras privadas. Agora, caso ainda optem pelos serviços da estatal, terão que utilizar o Sedex tradicional sem desconto”. 
     
    De acordo com o diretor da área de marketplace do Magazine Luiza e vice-presidente da Associação Brasileira de Lojistas de e-Commerce (ABLEC), Carlos Alves, a previsão de encarecimento pode, por outro lado, gerar uma melhora na logística das lojas virtuais.
     
    “O término do e-Sedex pode desestabilizar negócios menores por algum período. Porém, existem boas alternativas. Atualmente, os consumidores estão dispostos a arcar com um custo um pouco mais alto do que o habitual em troca de uma entrega expressa, que ocorre no mesmo dia ou em um dia. Os e-commerces vão precisar reestruturar sua parte operacional e avaliar as melhores opções. Existem serviços de terceirização no qual é assumida toda a logística da empresa, como coleta, embalo e envio e também diversas opções de transportadoras que efetuam um trabalho de qualidade e com preços cada vez mais competitivos”, conclui.
     
    Fonte: iG Economia
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