Empresas de transportes preveem demissões com o fim da desoneração da folha

    A partir de julho, as empresas que contavam com o benefício da desoneração da folha de pagamento passam a recolher INSS da maneira antiga, ou seja, numa alíquota de 20% sobre os salários. Alguns setores alegam que a medida ocasionará na demissão de funcionários, já que as empresas não irão suportar o aumento de custo.
     
    Segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) será um dos setores mais afetados e o corte no número de funcionários pode chegar a até 10%. 
     
    Na última terça-feira, 6, o presidente da entidade, José Hélio Fernandes, participou de uma reunião com o senador Airton Sandoval (PMDB-SP), relator da medida provisória 774, que trata da reoneração. Segundo a assessoria de imprensa da NTC, Fernandes entregou ao senador um estudo sobre os impactos negativo que a Medida Provisória trará a atividade.
     
    Para o diretor da transportadora Luzza Encomendas e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná (Sintropar), Wagner de Souza, a reoneração vai fazer com que 70% das empresas deixem de recolher impostos. “Ou você paga fornecedores ou paga o governo”, afirma. O executivo, que conta com 250 funcionários em sua transportadora, diz que o custo vai aumentar R$ 35 mil por mês.
     
    De acordo com o empresário, a solução será fechar algumas das unidades da sua transportadora, o que acarretará em demissões. Souza diz que a empresa já terceiriza metade dos colaboradores que trabalham no local.
     
    Fonte: Folha de Londrina
     

     

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