Em nove meses montadoras ofertam mais de quatro mil vagas de emprego

    A indústria automobilística abriu 3.165 vagas entre janeiro e agosto e ontem (13) foram anunciadas outras mil futuras contratações, sendo 700 na fábrica da General Motors em Gravataí (RS) e 300 na MAN, em Resende (RJ). Com os anúncios, o nível de emprego no setor, que até o mês passado já havia subido 3% em relação a dezembro de 2016, alcançará avanço de quase 4% no ano. 
     
    As 700 vagas que serão abertas na GM formarão o terceiro turno de produção em Gravataí. Segundo a empresa, a “crescente demanda”, tanto no mercado interno como em outros países da América do Sul, levou à necessidade de a unidade do Rio Grande do Sul trabalhar 24 horas ininterruptamente. A empresa fará as contratações até o fim de outubro. 
     
    Na MAN, a decisão de aumentar o efetivo em quase 10% vem da constatação, pela direção da companhia, de que há um crescimento de vendas sustentável no mercado doméstico de caminhões desde o início do ano. “A média diária de vendas de caminhões estava em 150 em janeiro e hoje já chega a 280. Quando percebemos essa tendência de crescimento há alguns meses decidimos: vamos contratar”, afirma o presidente da MAN na América Latina, Roberto Cortes.
     
    Além das horas extras diárias que a direção da MAN agora negocia, já foi acertado com o sindicato dos trabalhadores um acordo para trabalho extraordinário em três sábados por mês até o fim do ano. Cortes confessa que gostaria de contar com os operários na fábrica nos quatro sábados de cada mês. “Mas me pediram pelo menos um de folga”, diz. Cortes tem pressa para acelerar a produção, pois a partir de outubro vai começar a vender veículos com capacidade abaixo de cinco toneladas, específico para entregas urbanas, um segmento do qual não participava.
     
    Além das novas contratações, uma grande parte dos empregados que passaram meses afastados já voltou ao trabalho. Em apenas um mês a indústria automobilística diminuiu à metade o total de funcionários com contrato suspenso (“layoff”) ou no Programa Seguro-Desemprego, que libera as empresas para reduzir jornada – entre julho e agosto o número passou de 12,2 mil para 6,3 mil. O número tende a diminuir ainda mais à medida que os contratos de suspensão chegarem ao fim.
     
    Em poucos meses as montadoras conseguem começar a reverter o cenário sombrio que havia transformado parte das fábricas em galpões vazios. O fundo do poço no nível de emprego foi justamente o fim do ano passado, quando a quantidade de empregados no setor, 104,4 mil, foi a menor dos últimos nove anos. As notícias de contratações e novos turnos começaram em abril, quando a Renault começou a contratar 700 dos 1,3 mil trabalhadores que formaram a terceira turma na linha de produção em São José dos Pinhais (PR). 
     
    Em julho foi a vez da Nissan começar a operar em dois turnos, o que levou à contratação de 600 operários. Desde a inauguração, há três anos, a fábrica em Resende só havia funcionado com uma única turma. Há poucos dias, a Volkswagen anunciou também a abertura do terceiro turno na sua maior fábrica, em São Bernardo do Campo, até o fim do ano.
     

     

    Compartilhe nas redes sociais

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor, entre com seu comentário
    Por favor, entre com seu Nome aqui!