A partir do ano que vem, as rodovias administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) serão dimensionadas por meio de um novo software de pavimentação asfáltica. A metodologia, desenvolvida em parceria com a Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) e a Rede Temática de Asfaltos, é uma atualização da técnica utilizada no Brasil, ainda da década de 1960, e inclui tecnologias já adotadas pelas rodovias concedidas.
O método antigo previa apenas o uso do asfalto puro na pavimentação das rodovias nacionais. Tecnologias mais avançadas, como asfaltos de borracha e modificados por polímeros, não eram consideradas, assim como as diferentes condições climáticas do país. Além disso, a técnica não previa o surgimento de possíveis rachaduras e trincas com o passar dos anos. A partir da implementação da nova metodologia, todas as variáveis serão mensuradas.
De acordo com a coordenadora do Instituto de Pesquisas Rodoviárias, coordenação do Dnit, Luciana Nogueira Dantas, o grande diferencial do método é o dimensionamento das rodovias de acordo com avanços tecnológicos e com a realidade brasileira. “Trata-se de uma ferramenta que consegue auxiliar na escolha do melhor tipo de ligante que deve ser colocado em cada situação específica”, diz.
Segundo a profissional, a ferramenta, que pode ser utilizada tanto para o dimensionamento de novas estradas quanto para as antigas, especifica a espessura necessária de camada de asfalto a ser utilizada, o tipo de revestimento que apresentará melhor desempenho, além de mensurar em quanto tempo as fissuras vão surgir.
Conforme o Dnit, embora o custo para a implementação de novas tecnologia seja maior, a vida útil do pavimento também aumenta e a necessidade de manutenção, consequentemente, decresce.
Fonte: Agência CNT de Notícias