Concessões na área de logística serão refeitas, segundo ministro

    O governo está disposto a garantir mais retorno aos investidores que participarem dos leilões de concessões na área de logística, segundo o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, que esteve nesta terça-feira, 7, na inauguração oficial do Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Segundo ele, as concorrências serão redesenhadas e um pacote de medidas será lançado para atrair os empresários.

    Além de garantir uma taxa de retorno superior àquela adotada nos leilões anteriores, o ministro disse que o governo está disposto a mudar a regulação e a legislação do segmento de transportes. Para isso, está agendando uma série de reuniões com executivos, com ministérios, incluindo a Fazenda, e com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O primeiro encontro deve acontecer em 15 ou 20 dias, de acordo com Quintella.

    A elaboração de um pacote de medidas para a área de infraestrutura já havia sido anunciada pelo secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco. Assim que assumiu o cargo, Moreira Franco disse, porém, que o governo não definiria mais taxas de retorno para os investimentos, que deveriam ser determinados pelo mercado.

    A posição do governo é uma resposta ao fracasso do leilão de portos no Pará, que aconteceria na sexta-feira. Na semana passada, o governo havia anunciado que, dos seis terminais previstos inicialmente, apenas um iria efetivamente a leilão. Na segunda-feira, porém, mesmo esse terminal foi tirado do leilão, por falta de empresas interessadas. Ainda não há nova data para que seja realizado.

    “Esse leilão foi pensado em 2013, em um outro momento. Para gerar mais atratividade, temos de conversar com o empresariado. Por isso adiamos”, afirmou o ministro.

    Quintella disse ainda que pediu ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão R$ 8 bilhões para gastar este ano, dos quais R$ 5 bilhões seriam investidos em infraestrutura de acesso a projetos de logística, como o Porto do Açu. Atualmente, o ministério possui R$ 5,5 bilhões de orçamento, dos quais R$ 1 bilhão estão livres para investimento.

    A estratégia, de acordo com o ministro, é usar o dinheiro na construção de rodovias e ferrovias que interliguem projetos de infraestrutura no País. Para atender ao Porto do Açu, por exemplo, o ministro prometeu tirar do papel a BR-356, que vai ligar os municípios fluminenses de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, além das ferrovias 354 – transcontinental, até o Peru, passando pela região central do País – e 118, entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

    Fonte: Estado de S. Paulo

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