Após crescimento histórico, roubo de cargas continua subindo no RJ

    Em 2015, o Rio de Janeiro viveu o pior dos últimos 23 anos no que se refere ao roubo de cargas. Nos primeiros meses de 2016, no entanto, a situação foi ainda mais grave em relação ao mesmo período do ano passado.

    Apenas no primeiro trimestre desse ano, o número roubo de cargas no estado foi de1.988 casos ante os 1.790 registrados em igual período de 2015. O aumento é de aproximadamente 11%. Em 2014, houve registro de 5.890 roubos no Rio, enquanto em 2015 foram 7.225 roubos no estado, um crescimento de 22,66% em um ano.

    Segundo um relatório do ISP, 12 vias no estado concentram a maior parte do roubo de cargas no Rio de Janeiro. De acordo com análise entre os meses de janeiro e dezembro de 2015, a Avenida Brasil concentra o maior número de casos de roubo de cargas, registrando 661 casos, o que corresponde a 9,1% de toda a carga roubada no Rio. Apesar de não ser uma via expressa, a Avenida Pastor Martin Luther King Jr, que corta bairros como a Pavuna, Engenho da Rainha, Inhaúma, Colégio, é a quarta da lista, com 188 casos.

    Crescimento no 1º trimestre é 240% maior que há 10 anos

    O crescimento nos últimos anos é outro dado alarmante, segundo estatística do ISP. Comparando o primeiro trimestre de 2006 com o primeiro trimestre de 2016, o roubo de cargas teve aumento de 241,58% em números absolutos.

    Nos três primeiros meses de 2006, 582 casos de roubo foram registrados, sendo que fevereiro teve o maior número de casos, com 207 roubos de cargas, que representa 1,31 roubo por cada 100 mil habitantes. Nos três primeiros meses de 2016, 1.988 roubos de cargas foram registrados nas delegacias do Rio de Janeiro, sendo que o mês de janeiro teve o maior número de casos com 732 registros, que correspondem a 4,40 roubos por cada 100 mil habitantes.

    De acordo com o delegado Marcelo Martins, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, as áreas com maior índice de roubos de carga no Rio, como a Pavuna e Costa Barros, por exemplo, são mais suscetíveis a esse tipo de crime por uma questão logística. “Dali o sujeito sai e pega todo o eixo rodoviário para fazer qualquer entrega no Rio de Janeiro. Atrelado a isso, é uma área que está bastante conflagrada como o Chapadão e a Pedreira. Acredito que num futuro, não muito distante, essa área seja ocupada. Ali se tem um aglomerado grande de marginais reunidos e de empresas que se instalaram ali”, afirma Martins.

    Fonte: G1

    Compartilhe nas redes sociais

    DEIXE UMA RESPOSTA

    Por favor, entre com seu comentário
    Por favor, entre com seu Nome aqui!