ANEF aumenta projeção de crédito para financiamento de veículos

     
    A Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (ANEF) elevou a sua projeção de liberação de recursos para financiar a compra de veículos. De acordo com a entidade, este ano deverão ser liberados R$ 90,6 bilhões, o que representa uma alta de 10,2% na comparação com o ano passado, que foi de R$ 82,2 bilhões.  A estimativa anterior era de que o volume de negócios seria da ordem de R$ 86,7 bilhões, crescimento de 5,5% em relação a 2016.
     
    O presidente da ANEF, Luiz Montenegro, destaca que a venda de veículos vem registrando uma ligeira alta e o consumidor começa a esboçar mais confiança para investir em um bem de maior valor. “Nossa expectativa é a de que teremos um segundo semestre melhor na comparação com o primeiro. Os números, no entanto, ainda serão tímidos em relação aos anos anteriores. A retomada será lenta, pois as pessoas ainda mantêm cautela antes de fechar um negócio”, analisa.
     
    Ao contrário da liberação de recursos, a Associação não reviu sua projeção para o saldo de financiamento. Por enquanto, esse indicador foi mantido, com expectativa de crescimento de 2,5% em 2017, passando de R$ 162,7 bilhões para R$ 166,7 bilhões.
     
    No primeiro semestre deste ano, os bancos de montadoras e as instituições independentes liberaram R$ 45,8 bilhões, o que representa uma alta de 18,6% em doze meses – no ano passado, nesse mesmo período, o montante foi de R$ 38,6 bilhões. Para as operações de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) foram destinados R$ 44,9 bilhões (alta de 19,8% em relação ao mesmo período de 2016) e para o leasing, R$ 880 milhões (queda de 22,3% emdoze meses).
     
    Em julho, o sistema financeiro liberou R$ 7,9 bilhões para as operações de financiamento, volume 3% inferior ao registrado no mês anterior e 19,4% superior ao mesmo período de 2016. Para o leasing foram concedidos R$ 132 milhões, queda de 41,6% na comparação com maio e de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. 
     
    Apesar de o financiamento ser a modalidade mais procurada pelo consumidor, com 47% dos negócios, as compras à vista atingiram recorde histórico no primeiro semestre, chegando aos 46%. Na sequência vem o consórcio, com 5% das operações, e o leasing, com 2%.
     
    No segmento dos veículos pesados, o Finame respondeu por 60% dos negócios. Na sequência vieram os financiamentos (18%), compras à vista (12%), consórcio (6%) e leasing (4%). Já os compradores de motos estão optando pelo CDC. No primeiro semestre, essa modalidade foi responsável por 36% dos contratos fechados, seguida pelo consórcio (34%) e pelas compras à vista (30%).
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