Agronegócio bate recorde de produção e procura motoristas para transportar grãos

agronegocio.jpg

No Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, por exemplo, transportadoras enfrentam escassez de mão de obra durante a colheita. 

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou que a safra de grãos brasileira deve alcançar novo recorde de produção no período 2013/2014. A expectativa é de um aumento de 3,6% em comparação ao período anterior (186,9 milhões de toneladas). O Centro-Oeste continua na liderança e deve responder por 40,8% da produção. Completam a lista o Sul (37,7%), Sudeste (10,2%), Nordeste (8,6%) e Norte (2,7%).

A soja ainda é o principal grão produzido no país, cuja participação na safra deve subir de 43,4% em 2013 para 47,1% em 2014. Outros produtos cultivados pelo agronegócio brasileiro são arroz, trigo, feijão, algodão e sorgo. No entanto, para escoar a produção até portos e estações ferroviárias pelas rodovias – que respondem por 60% da malha de transporte do país -, os empresários enfrentam carência de mão de obra. Há vagas disponíveis em razão do déficit de motoristas qualificados para o trabalho.

“No auge da safra, tivemos que lidar com a falta de condutores, estimamos que dez mil caminhões tenham ficado parados, principalmente nos meses de março e abril. O mercado está pagando bem para os motoristas, aproximadamente R$ 3,5 mil por mês, mas faltam profissionais que saibam conduzir corretamente o veículo nas rodovias”, explica o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do Mato Grosso do Sul (Setlog-MS), Claudio Cavol.

Cavol destaca que ainda existe espaço para os interessados em ingressar na carreira. “Ser caminhoneiro é uma profissão nobre, é uma atividade que está remunerando bem em todo o Brasil”, afirma à Agência CNT de Notícias. Mas ele alerta que os caminhões estão cada vez mais modernos, equipados com aparelhos bastante tecnológicos, o que exige mais capacitação e treinamento.
“A oportunidade de emprego existe, mas as empresas precisam ter consciência de que chegou a hora de formar melhor os motoristas. Isso é bom para o país e para o transporte”, explica Cavol, que reconhece a importância do trabalho do Sest Senat neste processo de qualificação.

Compartilhe nas redes sociais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, entre com seu comentário
Por favor, entre com seu Nome aqui!