Ações buscam promover mais segurança aos caminhoneiros nas estradas do Brasil

    O roubo de cargas é uma das principais preocupações dos motoristas de caminhão que viajam pelo país. Como transportam produtos de alto valor, os veículos podem ser alvo de quadrilhas ou ladrões. No entanto, poucos caminhoneiros sabem que associações e federações, em todo o Brasil, estão desenvolvendo ações para combater o problema e para trazer mais segurança à profissão.

    Segundo o assessor de segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), coronel Paulo Roberto de Souza, o caminhoneiro não está sozinho na estrada.  O primeiro passo para reduzir o roubo de cargas é ter leis adequadas, mais severas. “Estamos trabalhando pelo aprimoramento da legislação e vamos buscar o apoio dos parlamentares”, destaca.

    Souza cita como exemplo a ser seguido, em âmbito federal, a Lei de Combate à Receptação de Carga, que começou a valer em 2014, no estado de São Paulo. As empresas que comercializam cargas furtadas ou roubadas são punidas com a cassação, durante cinco anos, do registro no cadastro do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

    “Caçar o ICMS da empresa é uma medida importante porque se criam dificuldades ao comércio e à receptação de carga roubada. Mas a lei vale apenas em nível estadual. Vamos reivindicar, ao Congresso Nacional, a extensão para todo o Brasil”, explica o coronel.  De acordo com ele, em São Paulo, a repercussão da lei foi grande e muitas empresas criminosas já estão preocupadas com fiscalização. 

    Outro ponto importante, destaca o representante da NTC&Logística, é o trabalho junto aos órgãos responsáveis pela fiscalização – Secretarias de Segurança Públicas dos estados e a Polícia Federal, por exemplo. “É preciso intensificar as ações policiais, desenvolver operações repressivas às quadrilhas”, afirma Souza à Agência CNT de Notícias. O último tópico diz respeito ao incentivo às empresas para a adoção de medidas preventivas ao roubo de cargas. Entre elas, por exemplo, instalação de aparatos de tecnologia, rastreamento e gerenciamento de risco. “É necessário estabelecer regras claras para as operações, que devem ser controladas por uma central de monitoramento. O motorista precisa respeitar as normas, os locais de parada, obedecer ao itinerário”, afirma o coronel.

    O caminhoneiro tem papel importante para tornar as viagens mais seguras. “As empresas estão investindo muito em tecnologia para tornar as viagens as mais seguras possíveis. O motorista deve compreender que as medidas são implantadas para ajudar. Eles também devem denunciar condutas suspeitas e colaborar com a polícia, não podem omitir informações”, adverte Souza.

    FONTE: NTC&LOGISTICA

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