A Abac, associação que reúne as administradoras de consórcios no Brasil, trabalha com dois cenários para o fechamento do ano: de leve queda ou de crescimento entre -3% e 3%. Embora ainda sem o número fechado, o presidente da entidade, Paulo Rossi, aposta em um 2017 semelhante a este ano. “Há possibilidade de repetirmos os resultados deste ano, considerando, mais uma vez, aqueles consumidores que analisam, comparam e planejam o futuro e utilizam o consórcio como opção de crédito para suas realizações”, afirma.
Esta diferença entre crescimento e queda leva em conta a forma como o desempenho do setor de consórcios oscilou ao longo do ano frente a fatores que influenciaram diretamente na tomada de decisões por crédito. Entre elas, a Abac cita a inflação alta combinada com as restrições do próprio crédito direto ao consumidor, além das taxas de desemprego e redução da renda – que provocaram queda em praticamente todos os segmentos.
Contudo, a associação aposta em um novo movimento de estabilização que, segundo a própria Abac, já está em curso no País, citando dados divulgados recentemente pelo Banco Central. “Nota-se a retomada da confiança dos consumidores com esperança de resultados positivos para a economia já no segundo trimestre do ano que vem”, avalia Rossi.
Balanço
As vendas de novas cotas de consórcios para a aquisição de veículos diminuíram 6,4% no acumulado de dez meses sobre igual período do ano passado, para pouco mais de 1,62 milhão de unidades, considerando leves e pesados.
No segmento de pesados o número de consorciados aumentou, embora a venda de cotas tenha diminuído 3,5%, para 41,1 mil unidades. Para este grupo, que inclui interessados na compra de caminhões, ônibus, semirreboques, implementos e até tratores, o tíquete médio ficou 9,8% menor, chegando a R$ 140,4 mil sobre os R$ 155 mil de um ano antes.
Fonte: Automotive Business